TEA - Transtorno do Espectro Autista

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Fevereiro de 2024

TEA - Transtorno do Espectro Autista

Como é a sua facilidade e convivência com o diferente? Esta é uma pergunta muito importante e humana. Podemos (e devemos) fazer certos esforços para entender e integrar as pessoas na sociedade. Ainda há muita desinformação e confusão quando o assunto é o autismo e outras desordens neurológicas. Até pelo fato de boa parte das pessoas ainda não ter recebido o diagnóstico devido, existe uma grande mancha cinza sobre a questão.

Vamos aprender o máximo possível sobre o tema? Assim, seremos capazes de oferecer algum auxílio para nossas crianças e seus colegas de escola, nossos parceiros de trabalho e outros familiares.

Definição de TEA

É o seu primeiro contato com o termo? Saiba que percorre o agrupamento de diferentes transtornos neurológicos: Síndrome de Asperger, Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra previsão (TGD soe), transtorno desintegrativo da infância e também o autismo esta sigla foi adotada em 2013.

Uma identificação que engloba desordens neurológicas até certo ponto semelhante, porém com suas características específicas, pode trazer luz para a questão e simplificar o entendimento de alguns tipos de comportamento. Portanto, o autismo está contido dentro do TEA - Transtorno do Espectro Autista.

Sintomas

A observação inicial se dá no dia a dia. Sinais importantes (quanto mais cedo percebidos, mais confortável/desenvolvido a autonomia da criança):

  • Repetição do comportamento
  • Tendência ao isolamento social
  • Contato visual inexistente
  • Habilidade de se expressar comprometido

A partir daí, entra a visão especializada de uma equipe multidisciplinar. Geralmente composto por neuropediatra/neurologista, psiquiatra infantojuvenil e posteriormente, profissional de fonoaudiologia e outros, mirando um tratamento de longo prazo.

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Níveis diferentes do autismo

O grau de suporte exigido pelo portador de autismo determina qual é o seu nível, em ordem crescente:

  •  Leve - provavelmente já se observa padrões de comportamento (equilibrar mãos/corpo) e interesses restritos (coleções de itens específicos e direcionados para sua atenção a um único assunto). Ainda assim, há comprometimento para iniciar conversas ou mantê-las e compreender sinais de emoções no rosto das pessoas.
  •  Moderado - aqui, além de ocorrer um acréscimo na intensidade das dificuldades no nível anterior, o portador necessita de mais suporte. Sobretudo não que diz respeito às mudanças na rotina e nas interações sociais menos simples.
  •  Severo - neste nível há um agravamento geral em quase todas as características de relacionamento e comportamento principalmente aquelas repetitivas onde há muito pouco ou nenhum espaço para flexibilidade e mudanças. As habilidades cognitivas são fortemente afetadas, em um cenário de déficit na comunicação verbal e não verbal. Logo, é indispensável um suporte em tempo integral.

Como tratar?

Podemos dizer que o tratamento é permanente. Diz muito mais sobre a qualidade das relações e dedicação de familiares e profissionais médicos e de educação do que de qualquer outro aspecto. O cuidado, a empatia e o respeito, sob uma boa orientação clínica, certamente produzirão uma melhor autonomia ao indivíduo portador de TEA. A atividade física, tão importante para o nosso bem-estar, desempenha um papel crucial na qualidade de vida daqueles que determinam algumas doenças neurológicas.

O desenvolvimento das funções motoras e da interação social em esportes coletivos são os principais pilares. Assim, podemos alcançar uma melhor integração e aprimoramento de habilidades comportamentais e de comunicação, tão comprometidas dentro do TEA. As estereotipias dos comportamentos repetitivos corporais (flapping: balançar e bater pernas e braços e até provocar lesões na própria pele) ou vocais (emitir o mesmo som consecutivamente) podem ser amenizadas por meio de uma rotina de trabalho da parte física.

Ambientes relativamente controlados e supervisionados, com redução de ruídos, são uma escolha mais acertada. A concentração empregada durante a atividade esportiva e o prazer após atingir o objetivo da prática proporcionaram a mesma sensação de descanso ou expressão da criança ao se movimentar daquela forma repetitiva. A abordagem pedagógica correta no espaço escolar e o acompanhamento de equipe médica especialista em TEA são essenciais para o desenvolvimento e inclusão adequada da criança na sociedade. 

O diagnóstico é simples?

Uma série de exames complementares, hemograma, pezinho e eletroencefalograma podem indicar características possivelmente relacionadas ao TEA. Importante ressaltar: não existe exame próprio para este fim. O olhar clínico é determinante no diagnóstico da criança. O perfil comportamental e o seu desenvolvimento são as chaves desta questão em caso de suspeita. Mais uma vez, vale a pena reforçar a necessidade de uma conduta personalizada que envolve diversas áreas médicas.

O apoio é o caminho

Citamos o cuidado, a empatia e o respeito no trato com pessoas portadoras de TEA, sejam crianças ou não. Como podemos facilitar situações que para muitos de nós são tidas como cor riqueiras e de execução automática? Ao nos colocarmos no lugar do outro, conseguimos compreender com um pouco mais de clareza suas limitações e dificuldades. Tão importante quanto, é verificar quais são os comportamentos comuns e as principais características manifestadas pelos indivíduos divulgados dentro do TEA.

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Uma pessoa com TEA pode conviver com outras pessoas?

Aqui temos um SIM estrondoso! Ainda podemos reformular a frase: uma pessoa com TEA deve conviver com outras pessoas, ainda que com certos cuidados. Veja o porquê: em maior ou menor grau, a depender do nível leve ao severo, o TEA tende a buscar o isolamento social. Por isso, devemos construir pontes para todos. O exemplo do esporte é excelente. Trata-se de uma atividade de convivência social bastante significativa, trazendo desafios, concentração, participação, superação, apoio e celebração. Em todos os casos, deve haver supervisão. No ambiente de sala de aula, deve-se buscar oferecer organização e independência na aprendizagem, para que o máximo de autonomia possa ser alcançado. Sempre dentro das necessidades atuais da criança.

Inclusive, a LBI (Lei Brasileira de Inclusão) garante o direito à frequência na escola regular. O mesmo vale para o adolescente e o adulto, que precisa de interação social, objetivos e atividades para se desenvolver e evoluir, da vida acadêmica ao profissional.

 Inclusão de pessoas com TEA no dia a dia profissional

Mesmo com algumas limitações, que afetaram sua sensibilidade aguçada quanto a odores, ruídos e contato físico, muitos dos colaboradores têm outras habilidades excelentes e de grande contribuição:

  • Memória e cálculos matemáticos
  • Capacidade analítica
  • Música e arte

 Sua participação no mercado de trabalho é essencial. Além do mais, as pessoas têm acesso a oportunidades garantidas (lei Berenice Piana - 2012). Quanto mais normalizada for a situação, mais comum será a sua inclusão. 

Atitudes dos colegas para um bom convívio e respeito a pessoas dedicadas com TEA

É preciso ter sensibilidade para poder se equiparar à sensibilidade apurada característica do TEA. Logo, é primordial entender o que existe em seu entorno que pode ser prejudicial e também readequar algumas atitudes que eventualmente poderiam atingi-los. Procure tornar o ambiente mais confortável e com o mínimo de incômodo, visto que muitas vezes o que desencadeia as estereotipias são ruídos e odores excessivos. Isso interfere na sensibilidade sensorial, gerando desconforto e ansiedade para a pessoa com TEA.

TEA - Tato, empatia e apoio parece ser uma boa abordagem para o TEA - Transtorno do Espectro Autista. Todos merecem e precisam de independência e bem estar em suas vidas. Indivíduos divulgados com o Transtorno do Espectro Autista notificações de suporte parcial ou integral por toda a vida. A qualidade deste apoio determinará o grau de desenvolvimento e autonomia que você poderá alcançar.

Ignorar ou integrar? Qual será a trilha a seguir? Participar é um aprendizado de duas vias. Que uma atitude de compreender e ajudar seja o conjunto das experiências compartilhadas com quem mais precisa.

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“ESTE TRABALHO É EDUCATIVO E NÃO SUBSTITUI AS ORIENTAÇÕES E RECOMENDAÇÕES MÉDICAS”
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