Olhando para dentro
É inegável a importância desempenhada pelos medicamentos no combate de diversas doenças. Entretanto, é vital ressaltar que ainda paira muita desinformação e improviso em torno do tema. E as consequências podem ser gravíssimas.
O brasileiro lidera perigosamente o ranking mundial da automedicação.
Segundo pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), 72% da população faz uso desta prática.
O jeitinho que não dá certo
Não bastasse seguir indicações de familiares, amigos ou daquela conhecida atriz na propaganda da TV, é assustadoramente comum o autodiagnóstico por meio de pesquisas na internet (40% das pessoas utilizam este procedimento), substituindo completamente a figura do médico.
Assim, o paciente identifica a doença, prescreve e consome o remédio.
Pode até funcionar vez ou outra, sobretudo para males corriqueiros como gripes e dores de cabeça, mas ao tornar-se um hábito, pode mascarar possíveis sintomas em uma futura consulta com um profissional, além de fortalecer vírus e bactérias, no caso de antibióticos.
Os efeitos indesejados não são poucos
Por não se tratar apenas de administrar o medicamento incorreto, mas também de múltiplas variáveis, é fundamental abandonar a automedicação.
Os remédios agem em muitas frentes, as quais determinarão o sucesso ou fracasso do tratamento medicamentoso. Não podemos desconsiderar sua posologia – ou modo de uso, que inclui desde o tempo de intervalo entre o consumo e duração total, como também a dosagem adequada.
Eventuais alergias a substâncias precisam ser levadas em conta, assim como condições de saúde proibitivas. Caso contrário, efeitos colaterais severos, intoxicações, overdose, dependência, sequelas e até situações de óbito podem ocorrer.
Consulte sempre um médico e trate a doença corretamente
Regularmente, novos remédios são testados e lançados no mercado. Todo o trabalho de pesquisa não é em vão, os médicos conhecem de perto suas potencialidades e deficiências. Podendo assim, prescrever de maneira precisa o medicamento ideal para cada enfermidade.
Fazer uso de remédios é coisa séria. Não por acaso, os deixamos fora do alcance de crianças e animais domésticos.
Não brinque com a sua vida.