Prevenção e combate à surdez

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Novembro de 2022

Escutar é uma das atividades que mais proporcionam conexão com os outros e com nós mesmos.

Quão marcantes são os sons da Natureza, as notas, melodias e vozes de uma música?

Conversas, aulas e palestras podem ser surpreendentes e gratificantes, ao mesmo tempo em que trazem conhecimento e diversão.

 

Vamos valorizar isso?

Cerca de 6 milhões de brasileiros sofrem com algum grau de surdez. O que podemos fazer e pretendemos mostrar aqui?

Aprender mais sobre o que prejudica a audição e de que forma prevenir e lidar com essa limitação.

Com bastante informação e inclusão.

 

As muitas causas da surdez

A perda parcial, total ou complicações pontuais (infecções como otite, grande quantidade de cera e imobilização da parte óssea do ouvido) para a audição têm diversas origens. 

O prejuízo do nervo auditivo pode ser adquirido por:

  • Meningites (vacine os seus filhos);
  • Alergias e viroses;
  • Tumores;
  • Metabolismo desregulado;
  • Ambientes excessivamente barulhentos;
  • Surdez hereditária;
  • Traumas na cabeça;
  • Idade avançada;
  • Antibióticos tóxicos para os ouvidos e administração de diuréticos ainda no berçário;
  • Ou mesmo defeitos e infecções congênitas, sobretudo rubéola, sífilis e toxoplasmose;
  • Nascimento prematuro e/ou com baixo peso.

 

Maus hábitos e prevenção

Devemos observar algumas precauções e situações, inclusive quando se trata de gravidez e cuidados com o recém-nascido e nos anos seguintes.

Por exemplo, é necessário que as mulheres sejam vacinadas contra a rubéola ainda na infância para uma gestação tranquila neste sentido. Tudo pela possibilidade de surdez caso ocorra a transmissão de sífilis, toxoplasmose e também da rubéola da mãe para o bebê.

 

O teste da orelhinha em recém-nascidos detecta condições auditivas desfavoráveis, assim como a observação no desenvolvimento da fala nos pequenos é importante.

Qualquer atraso pode ser um indicativo de deficiências ao ouvir, o que seria facilmente atestado por um/a clínico especialista.

 

Além disso, manter distância segura entre objetos pontiagudos, como canetas, grampos e até o cotonete - para limpeza apenas na área externa - e o canal auditivo, sob risco de lesões severas.

Olho vivo nas crianças!

 

E o trabalhador?

É boa prática para as empresas procurar cuidar para que o ambiente de trabalho tenha zero ou pouco ruído.

Já em funções cuja rotina seja a exposição direta ao barulho de alta intensidade, cabe ao empregador fornecer equipamento de proteção individual (EPIs), bem como zelar pelo seu uso. 

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Tipos de ruídos potencialmente nocivos

Dependendo do tempo de exposição, proximidade e intensidade, diversas fontes de barulho bem conhecidas podem trazer prejuízos sérios à audição.

Vamos lembrar de algumas?

 

Na categoria "utilize com bastante moderação", temos trovões, decolagem de avião a jato, fogos de artifício, concerto/show de rock (principalmente perto dos alto-falantes), sirene de bombeiros/ambulâncias e estouro de balão perto dos tímpanos.

Levando em conta as variáveis citadas no início do tópico, é possível sofrer algum dano a partir de 1 a 30 minutos apenas.

 

Outras situações um pouco mais brandas (6-8 horas para danificar os ouvidos): escapamento de moto, secador de cabelo, passagem de vagão do metrô, tráfego intenso, música no máximo e aparelho de ar condicionado de modelos mais antigos/gabinete.

Médicos especialistas

A quem devemos recorrer ao notar qualquer alteração auditiva? Quanto mais precocemente detectada, melhor.

 

Inicialmente, o otorrinolaringologista vai examinar os ouvidos e diagnosticar o tratamento adequado. Inclusive podendo pedir um exame de audiometria para determinar possível diminuição da capacidade de escutar.

 

Se houver a necessidade de utilização de aparelhos, um profissional de fonoaudiologia entra em cena, até mesmo para gerenciar possíveis problemas na fala do paciente.

 

Combatendo com informação e promovendo a inclusão

A tecnologia e a comunicação têm como papel aproximar as pessoas. Felizmente, aqui não é diferente.

Vamos conhecer brevemente dispositivos e metodologias que visam facilitar a vida do deficiente auditivo. Além de tirar algumas dúvidas comuns.

 

Como funcionam os aparelhos auditivos?

O uso do dispositivo pode ser indicado para indivíduos com perda total da audição, ou mesmo parcial em diferentes graus.

De que maneira o aparelho atua?

 

Basicamente, convertendo as ondas sonoras em sinais elétricos. Estes então são processados por um amplificador que os devolve potencializados ao ouvido, por meio de um receptor.

Para efeito de comparação, na equação sem o aparelho - audição perfeita - temos apenas o primeiro passo, pois os estímulos elétricos rumam diretamente ao cérebro, que reconhece os sons imediatamente. 

 

LIBRAS

Um povo com acesso limitado não evolui, progride apenas até certo ponto.
O reconhecimento legal da Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS) em 2002 no Brasil proporcionou a sua disseminação de maneira mais rápida e ampla.

Cada vez mais, a produção audiovisual procura observar e englobar o deficiente auditivo em seus conteúdos. Nada mais justo e natural.
Que continue assim. A inclusão permite que todos participem de maneira igual em questões mais ou menos relevantes para a sociedade.

 

Há graduações universitárias disponíveis, bem como um curso gratuito na página oficial do Governo Federal promovido pelo INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos).
Quanto maior o percentual da população que sabe se comunicar em LIBRAS, o senso de pertencimento e a cidadania do deficiente auditivo aumentam.
Em ambientes de trabalho, escolar ou familiar inclusivos, todos ganham.

 

Mitos e verdades

  1. É possível saber o grau de perda de audição?

 Sim, existe uma escala em 5 níveis:

Normal - pode deixar de captar limiares de 0 a 24 decibéis (dB);

Deficiência Leve - 25-40 dB;

Moderada - 41-70 dB;

Severa - 71-90 dB;

Grave - acima de 90 dB.

 

Para ilustrar, uma conversa produz aproximadamente 60 decibéis em ruídos.

 

  1. A música alta prejudica mesmo a audição ou é invenção dos pais?

 Escutar sons altos por período prolongado e regular tem grande poder de deteriorar o nervo auditivo. Sobretudo ao fazê-lo com fones de ouvido (associado a 5% de deficiência auditiva no país).

 

Uma dica: nunca ultrapasse a metade da potência de volume do dispositivo de som ou 60 decibéis.

 

  1. Todo surdo é mudo?

 Nem sempre. Embora haja pessoas que não escutam nem falam, na maior parte dos casos os surdos possuem suas cordas vocais perfeitas.

Tanto que muitas vezes percebemos que balbuciam algumas vocalizações mas não completam as palavras pois não aprenderam a falar.

 

O dia 10 de novembro, data nacional de prevenção e combate à surdez, é um marco de conscientização para a audição e seus distúrbios, sejam congênitos ou adquiridos por hábitos nocivos.

A nossa sensibilidade, por meio de ações e cuidados, é o que permanece para o bem de todos.

 

Vamos integrar as pessoas com educação, entendimento e compreensão. A perda auditiva afeta a qualidade de vida, progresso na vida escolar e profissional.

Que este artigo toque cada um de nós, como a música faz aos ouvidos.

 

Abandone velhos costumes e preserve a sua capacidade de escutar. Os sons e as necessidades dos outros.

 

E não se esqueça: ao menor sinal de chiados, zumbidos ou  sensação de pressão nos ouvidos, procure ajuda médica!

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“ESTE TRABALHO É EDUCATIVO E NÃO SUBSTITUI AS ORIENTAÇÕES E RECOMENDAÇÕES MÉDICAS”

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