Osteoporose - Prevenção e tratamento
Todos nós desejamos músculos fortes. Não há qualquer dúvida aqui, certo?
Vamos entender a importância de buscar ossos igualmente saudáveis?
Doenças como a osteoporose trazem fragilidade para a parte óssea, causando dores e fraturas com certa frequência. É comum nossos avós, pais e tios sofrerem com isso. As mulheres estão expostas a esse risco ainda em idade pouco avançada, sobretudo por fatores hormonais.
A partir dos 50 anos, 1 em cada 3 sofrerá uma fratura como consequência da osteoporose. Ao passo que para os homens, a relação sobe de 1 para 5.
Como prevenir e tratar essa condição?
Aprenda a seguir!
O que é a osteoporose?
Tudo começa com a osteopenia — sinal de alerta — a primeira fase da deficiência na regeneração óssea.
Funciona assim: a velocidade de renovação — por meio de cálcio + vitamina D — passa a ser menor do que a absorção de minerais, deixando espaços vagos na estrutura dos ossos.
Com a falta acentuada desta reposição, vai se instalando a osteoporose, que atinge sobretudo as mulheres já a partir dos 35 anos. Porém, com maior incidência na casa dos 45 anos, pelo declínio na produção de estrogênio — a ‘cola’ do cálcio nos ossos — fator hormonal ligado à menopausa.
Entre os homens, a testosterona consegue retardar esses efeitos por mais tempo; em média, surgem por volta dos 70 anos.
Contudo, outros fatores vêm contribuindo para que eles sofram fraturas a partir de 50 anos de idade e também aceleram o processo como um todo:
- Herança genética;
- Hábitos sedentários e consumo de tabaco/abuso de álcool;
- Falta de cálcio e vitamina D;
- Problemas nos rins (quando é preciso controlar o cálcio por conta da formação de cálculos) e endócrinos (má absorção do mineral);
- Diabetes;
- Tireóide desregulada;
- Uso constante de medicamentos que causam efeitos adversos: sobretudo os corticóides.
Cuidados preventivos e como lidar
O que fazer? Como vimos acima, a prevenção começa ao evitarmos hábitos nocivos, mas também na ingestão adequada de cálcio.
Veja abaixo mais dicas para a osteoporose.
Alimentação e suplementação para fortalecer os ossos
Regra número 1: cálcio.
É sem dúvida o nutriente mais importante no processo de regeneração dos ossos. O leite e seus derivados contêm uma grande concentração do mineral, cuja dose diária recomendada é de 1 grama.
Procure também consumir brócolis, abóbora, tomate, figos, banana, uva, tangerina, mamão, manga e vegetais de cor verde-escura, como escarola, rúcula, almeirão, couve e agrião para esse fim.
Algumas surpresas - adote o gergelim em seus pratos e saladas, pois o grão tem alta concentração de cálcio, assim como o abacaxi, facilitador da absorção do mineral, o grão-de-bico, a soja e o feijão branco.
Regra número 2: cálcio combinado com a vitamina D.
Formam o par perfeito e assim se dá a síntese do cálcio nos ossos.
Anote aí - permanecer 15 minutos ao dia debaixo do sol (sem o uso de protetor) faz a mágica.
O diagnóstico geralmente é feito pela densitometria óssea, exame que analisa a composição dos ossos do indivíduo, comparando ao que se espera de acordo com a idade, sexo, altura e peso.
Quando observada a deficiência, a suplementação de cálcio e/ou vitamina D pode ser indicada por profissional de medicina, caso uma adequação na dieta e exposição solar não baste.
Se o grau da osteoporose for considerável, pode ser necessário adotar um tratamento medicamentoso.
Cuidados físicos
O primeiro passo é combater o sedentarismo, que atrofia e sobrecarrega toda a musculatura.
Os exercícios de impacto — apenas após avaliação médica, pois a depender do comprometimento dos ossos podem ser prejudiciais — possuem tripla ação: promovem o desenvolvimento de massa óssea e o fortalecimento da musculatura, com aumento de massa e força.
Estes dois últimos previnem a ocorrência de quedas, uma vez que a osteoporose também afeta o equilíbrio, a agilidade e a postura.
Por isso, a prática de yoga (sempre sob supervisão) pode ser altamente benéfica.
De qualquer forma, o consenso é o seguinte: mesclar atividade física como a musculação (ainda que leve quando necessário) com exercícios aeróbicos de menor impacto, como caminhada e/ou dança.
O que pode piorar um quadro de osteoporose
Quando a condição da osteoporose é severa, deve-se observar com muito cuidado a rotina de exercícios pesados que possam provocar fraturas.
Portanto, frisamos que cada caso pede uma abordagem específica e personalizada. Cabe uma avaliação médica aqui.
De modo geral, os abdominais não são recomendados, pois fazem parte do grupo de atividades de flexão e torção. Isso pode vir a comprimir a coluna e gerar fraturas.
A ginástica aeróbica pode ser considerada de alto impacto e ocasionar fraturas, assim como a musculação utilizando carga moderada e alta.
A alimentação pode ser benéfica para essa condição, quando a dieta fornece uma boa quantidade de cálcio e facilita a sua absorção.
Por outro lado, itens bastante populares ao paladar geral devem ser evitados, como:
- Cafeína (café, principalmente, e chá);
- Refrigerantes;
- Comida industrializada, que contém excesso de sódio, sal e gorduras ruins;
- Álcool;
- Feijão - aqui cabe um alerta: ao mesmo tempo em que o cálcio está presente, esta leguminosa possui uma substância que atrapalha a absorção do nutriente pelo organismo.
Então, para minimizar esta ação, recomendamos que os feijões fiquem diversas horas de molho na água, sejam escorridos e lavados antes de cozidos.
Como o RH da empresa pode ajudar o colaborador?
Em média, as mulheres a partir dos 45 anos devem acompanhar mais de perto o tema da osteoporose. Esse alerta, para os homens, chega aos 65 anos de idade. Assim, os locais de trabalho podem observar e formular práticas dirigidas aos colaboradores destas faixas etárias. Sobretudo àqueles que foram diagnosticados com a doença.
Cuidados para com o colaborador que tem osteoporose
- Instituir e incentivar a prática de ginástica laboral voltada para o grupo com essa condição;
- Encontros liderados por profissionais de saúde com dicas práticas;
- Acompanhamento periódico do tratamento individualizado;
- Oferecer cardápio diferenciado baseado em dieta rica em cálcio para as empresas com refeitório, além de frutas (além das já citadas, ameixas secas, amoras, laranja e açaí) na copa.
Mitos e verdades
Venha ter mais algumas certezas sobre osteoporose:
- A doença chega de repente?
Verdade - Dificilmente podemos apontar algum sintoma até que ocorra alguma fratura na coluna, fêmur, braço ou outro osso; - Obter cálcio focando na ingestão de leite e seus derivados é o bastante?
Mito - Conforme vimos, existem diversos alimentos tão eficientes para fornecer a dose de cálcio necessária (1g ao dia); - Podemos nos curar da osteoporose?
Não - Por essa razão, a prevenção e um eventual diagnóstico precoce são imprescindíveis; - A osteoporose está ligada a gênero e faixa etária?
Mito - A incidência é maior em mulheres, geralmente de idade mais avançada. Porém, homens (mais tardiamente) e indivíduos mais jovens também estão sujeitos à doença, pelos mais variados fatores. Todos devem se cuidar!
As quedas e fraturas — principalmente na base do fêmur, quadris e costelas — são corriqueiras entre os idosos. Felizmente, vimos que é possível prevenir e lidar objetivamente com essa degeneração óssea.
Adotar cuidados precoces, fazendo acompanhamento médico regular (com o auxílio de exames como a densitometria óssea: mulheres a partir de 45 e homens, 65 anos) e ter programas voltados ao colaborador na empresa são excelentes medidas.
A qualidade de vida engloba diferentes e variados aspectos da saúde. Ter informação e poder de ação nos prepara para anos saudáveis e de longevidade.
Sustente o seu caminho com ossos e passos firmes.