Hábitos e Vícios

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Agosto de 2021

Tabagismo e álcool

Devemos rever a nossa tolerância?

Responda rapidamente: por que é tão difícil para a maioria das pessoas largar o cigarro e/ou o abuso de álcool?

Podemos começar pelas substâncias contidas em ambos que facilitam a dependência química, com destaque para a nicotina no tabaco. Porém, há diversos outros fatores que envolvem a questão. Além da sensação de prazer, uma das maiores influências é a cultura que está associada a elas.

Este é justamente o início do problema. Não é raro termos conhecido um parente, amigo, colega de trabalho ou pessoas do mundo artístico que sofram ou tenham sofrido pelos males do uso contínuo do tabaco e álcool. Mesmo com muitos tristes exemplos, o seu consumo ainda é muito alto, sobretudo entre os jovens.

Vamos abordar estes problemas e conferir como amenizá-los? Leia a seguir!

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O enfoque correto: drogas sociais e vícios

O cigarro já foi visto como algo praticamente inofensivo e juntamente com o álcool, fez parte de uma cultura de glamour. O mundo do showbiz/publicitário (em certa medida, aquilo que muitos de nós consumimos - propagandas, filmes, matérias sobre celebridades) ainda vende uma imagem de sucesso associada ao consumo de álcool e tabaco. Muito embora haja proibição para a veiculação comercial de produtos com tabaco há diversos anos nas mídias de massa, ainda é difícil quebrar uma imagem que foi construída (e ainda é) durante décadas e mais décadas.
Rebeldia, sensação de desafiar o perigo e as regras são motivações que mexem com o ser humano. O tabaco e o álcool sempre flertaram com essas características.

Portanto, podemos chamá-los sem medo de errar de drogas sociais, pois são livremente vendidos e fazem parte do cotidiano, sendo aceitas socialmente.
Tudo isso leva aos seguintes dados:

  • O CISA - Centro de Informações sobre Saúde e Álcool trouxe em 2019 a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) do IBGE, apontando aumento no consumo semanal, com índice de 26%, puxado principalmente pelas mulheres;
  • Por outro lado, o número de fumantes caiu expressivamente ao longo dos últimos 30 anos no país, muito em função de campanhas de conscientização e restrição publicitária.
    A mesma PNS de 2019 revelou, assim, 12,6% da população adulta brasileira.

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As consequências: doenças decorrentes

É de conhecimento geral que o uso de tabaco (inclusive charuto, cachimbo e os populares atualmente narguilé e vape - cigarro eletrônico) e álcool podem facilmente se transformar em vício e trazer importantes prejuízos à saúde.

Mas qual é a real gravidade e principais males?

A renomada publicação científica The Lancet constatou 7,7 milhões de óbitos no planeta em 2019 devido ao tabagismo. Ainda, concluiu que 89% dos novos fumantes tornaram-se dependentes na idade de 25 anos. Pela ordem, as doenças mais frequentemente associadas ao volume de mortes: isquemia cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, câncer da traqueia, brônquios e pulmão e AVC.

Já o consumo frequente de álcool está diretamente ligado a males como gastrite, cirrose, hepatite alcoólica, comprometimento do cérebro, desnutrição (sobretudo na adolescência), doenças emocionais, osteoporose e câncer. De acordo com a OMS, a ingestão de álcool por indivíduo no Brasil foi de 8,9 litros em 2016, superior à média mundial (6,4l). Complementando, o número anual de mortes/álcool no mundo foi de 3,3 milhões. Os perigos dos efeitos do álcool em diferentes volumes no comportamento também não podem ser desprezados.

A ilusória sensação de poder por conta do estado de alteração de consciência e a ligeira diminuição dos reflexos é uma combinação explosiva que causa principalmente:

  • Acidentes de trabalho no manuseio de máquinas que demandam total atenção;
  • Mau julgamento diante de situações diversas de perigo;
  • Acidentes de trânsito: levantamento da ONU de 2020 afirma que 1,35 milhão de pessoas são vítimas fatais nas ruas todos os anos;
  • Violência doméstica (como um facilitador em pessoas com predisposição para cometer tais atos).

Mudança no estilo de vida: hábitos saudáveis

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Uma reação em cadeia ou efeito dominó "do bem" pode ser responsável por grandes mudanças. Em casos mais graves de dependência química, há tratamentos para auxiliar no abandono da substância e posterior recuperação. Porém, o fator mais decisivo é sem dúvidas a mudança de mentalidade. E para dar suporte a essa transformação, que tal criar novos bons hábitos?

O novo estilo de vida vai sustentar o desejo por mudanças e trazer objetivos diferentes. Até porque vida ativa e dependência por essas substâncias não combinam.

Falta ânimo e fôlego para o esporte e atividades, além do dependente crônico compor com mais frequência a estatística de faltas no trabalho.A chamada ressaca demanda uma recuperação ativa do organismo, resultando em dores, náuseas e falta de disposição.

Como sabemos, o vício pode arruinar a vida de uma pessoa, bem como de sua família, uma vez que traz sofrimento e desestruturação. Até o fumo passivo é uma questão delicada, envolvendo temas como respeito e valorização do outro.

Inclusive, os mais próximos têm papel vital na recuperação, aliados à força de vontade e eventual auxílio médico. A perda de perspectiva do doente pede metas pequenas mas progressivas, como parar de fumar aos poucos e implementar hobbies e hábitos novos, que ocupem o tempo e tragam prazer. Caminhadas, leitura, esportes com os amigos são bons exemplos.

Pode-se também descobrir novos interesses, como a gastronomia e passar a apreciar drinks não alcoólicos.

Geralmente, o vício é uma fuga.

Por isso, o dependente precisa de acolhimento e propósito. Como vimos, são infinitas as possibilidades para uma vida plena e ativa.

É certo que muitos já cometeram alguns deslizes. Queremos chamar a atenção quando isso se torna um hábito, um estilo de vida perigoso para a saúde e para as relações.

Ensine aos filhos, eduque e mostre todos os malefícios do abuso do álcool e do tabagismo. Está mais do que provado que minam a qualidade de vida e causam quadros de doença praticamente irreversíveis.

Viva a vida longe dos vícios. Em vez disso, procure promover hábitos saudáveis!

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*ESTE TRABALHO É EDUCATIVO E NÃO SUBSTITUI AS ORIENTAÇÕES E RECOMENDAÇÕES MÉDICAS.

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