Diabetes é uma palavra bem conhecida. Por outro lado, grande parte do que permeia este enorme perigo para a saúde ainda não está claro para a maioria da população.
Um dado alarmante expõe o verdadeiro panorama do diabetes no Brasil: 50% dos diabéticos não possuem conhecimento de sua condição.
Números envolvendo novos casos não param de crescer. Em um período de 10 anos (2006-2016), a taxa de diagnóstico saltou de 5,5% para 8,9% no país, de acordo com o Ministério da Saúde.
Mundialmente, já são mais de 422 milhões de diabéticos, na proporção de 1 para cada 11 habitantes, segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS.
A falta de capacidade do organismo em metabolizar corretamente e/ou na velocidade adequada as moléculas de glicose resultam no diabetes. As consequências da falta de controle da doença, além de elevar o risco de derrames e infartos, são severas. Existe a possibilidade de danos aos rins, cegueira e amputação de membros inferiores.
Por esse motivo, o diagnóstico precoce e o controle adequado da doença são medidas fundamentais para a manutenção da saúde e qualidade de vida.
Tipos de diabetes
Denominado tipo 1, o menos comum (acomete de 5 a 10% dos pacientes), ocorre em geral na infância e na adolescência.
Aqui, a insulina, hormônio regulador do açúcar na corrente sanguínea, é produzida em pequena ou nenhuma quantidade pelo pâncreas, por conta de uma falha no sistema imunológico. Assim, o excesso de glicose não é utilizado como energia, ficando depositado no sangue.
O tratamento indica doses de insulina, remédios, orientação nutricional e atividades físicas.
O tipo 2, associado a 90% dos casos em média, surge da incapacidade do organismo em processar a insulina produzida, a qual às vezes é insuficiente para a manutenção da taxa de glicemia. Mais presente entre os adultos, demanda acompanhamento similar ao previsto para o tipo 1. Entre 80 e 90% dos diabéticos obesos enquadram-se no tipo 2.
Entre 2 e 4% das grávidas podem desenvolver o diabetes gestacional, uma possibilidade maior de contrair a doença posteriormente, tanto para a mãe quanto para o bebê.
Testes de glicose em jejum e oral de tolerância para a glicose a partir da 24ª semana de gestação realizam um controle adequado.
Gravidez em uma faixa etária mais avançada, sobrepeso ou obesidade, aporte excessivo de peso no período de gestação, histórico prévio de bebês com peso superior a 4 quilos, diabetes gestacional (inclusive na mãe da gestante) e diabetes em pais e irmãos, hipertensão arterial durante a gravidez, ocorrência de gêmeos e síndrome dos ovários policísticos constituem fatores de risco.
Pré-diabetes
Tão importante quanto controlar a doença é evitar que ela se instale. Ou, ao menos, retardá-la, uma vez que 50% dos indivíduos que já possuem altos níveis de glicose no sangue irão desenvolvê-la.
Pacientes com obesidade, sobretudo com gordura depositada em torno da cintura, hipertensão, colesterol ruim (LDL) e triglicérides excessivos contrastando com o HDL baixo e alterações na taxa de lipídios devem imediatamente adotar dieta equilibrada e exercícios físicos. Neste estágio, a ocorrência de AVC e ataques cardíacos não está descartada.
Sintomas para não ignorar
- Perda de peso repentina, fome e sede excessivas;
- Infecções (comumente na bexiga);
- Visão turva ou desfocada;
- Sensação de formigamento em mãos e pés;
- Disfunção erétil;
- Falta de concentração e controle da atenção;
- Cansaço e exaustão;
- Alterações de humor e no comportamento: irritabilidade.
Frequentemente, levantamos a bandeira dos hábitos saudáveis a fim de obter qualidade de vida. O diabetes está intimamente ligado ao sedentarismo e obesidade. Fatores de hereditariedade também devem ser observados.
O pré-diabetes e sua fase posterior, associados ao tabagismo compõem uma bomba-relógio para o coração e todo o funcionamento do corpo.
Cada indivíduo tem necessidades nutricionais específicas, que variam de acordo com idade, peso, altura, sexo e atividade física. Portanto, não existe um tratamento padrão para diabéticos.
A simples coleta de sangue periódica aponta os índices de glicose e derivados. Prevenção é saúde!
ESTE TRABALHO É EDUCATIVO E NÃO SUBSTITUI AS ORIENTAÇÕES E RECOMENDAÇÕES MÉDICAS.